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Câncer colorretal está entre os mais incidentes na região sul do Brasil

Embora não seja amplamente conhecido pela população, o câncer colorretal é a quarta causa de morte por câncer no mundo e está cada vez mais presente no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), só em 2018 serão mais de 30 mil novos casos. Na região Sul, já é o segundo mais frequente entre mulheres e o terceiro na população masculina.

Conforme o cirurgião do aparelho digestivo e coloproctologista, Marcos Alencar Pelegrini, o câncer do intestino vem amentando muito principalmente pelos hábitos de vida das pessoas. “Ele está relacionado a alimentação, a uma dieta com pouca fibra, poucos alimentos naturais, ingestão excessiva de carne e alimentos embutidos e condimentados, alimentação típica da população do sul do país”, destaca.

Geralmente, a doença começa com o crescimento anormal das células do cólon ou reto, resultando em pólipos que podem ou não se transformar em câncer. “No entanto, é possível detectar essas alterações antes que elas ofereçam risco, por meio de exames regulares para diagnóstico”, afirma Pelegrini. Para isso, recomendam-se, a partir dos 50 anos, o início dos exames de rastreamento, que podem ser feitos por dois métodos principais: a pesquisa anual de sangue oculto nas fezes ou a colonoscopia a cada cinco ou dez anos. “Quando detectado no início, o câncer colorretal pode ser curado em até 90% dos casos”, ressalta.

 Entre os principais sinais de alerta para a doença, estão alterações no hábito intestinal, dores abdominais, emagrecimento sem causa identificável, sangramentos ao evacuar e anemia em pessoas acima dos 60 anos. Estudos ainda mostram que exercícios físicos são aliados na prevenção, reduzindo em até 25% as chances de desenvolver o câncer de intestino, sendo também aliados na prevenção de outros tipos de câncer.

O TRATAMENTO

 

Pelegrini ressalta ainda que um detalhe importante desse tumor é a possibilidade do diagnóstico precoce. A cirurgia é um dos pilares do tratamento do câncer colorretal e apresenta um alto nível de eficácia, quando a retirada do tumor é feita antes que os linfonodos (gânglios de defesa) sejam atingidos, mas é possível descobrir o câncer sem chegar a necessidade de procedimento cirúrgico. “Por meio do exame de colonoscopia é possível examinar o intestino grosso e conseguimos remover pequenas lesões que são precursoras e que no futuro podem desenvolver o câncer”, destaca. Existem também cirurgias para tratar o tumor, tratamentos quimioterápicos, radioterapias, mas a melhor maneira, segundo o coloproctologista não é tratar o tumor avançado, e sim preveni-lo.  “Hábitos saudáveis de vida, alimentação adequada, muito alimento natural, atividades físicas e exames de prevenção é o caminho”, finaliza.